sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A vinda dos Japoneses para Una na década de 50 !!!



      
      Una -BA,  possui uma colônia de japoneses que foi instalada lá na década de 50 e com eles trouxeram muita riqueza e técnicas modernas de agricultura dentre elas, o cultivo do mangostin (Mangostana orella), fruto de origem asiática, introduzido na América em 1880, considerada a rainha das frutas, título dado pela Rainha Vitória (1819-1901), uma das mais saborosas e deliciosas frutas do mundo, tem um alto valor de comercialização e contribui para a melhoria substancial de vida dos seus produtores e a cidade de Una no Sul da Bahia, numa região turística chamada Costa do Cacau é o maior produtor com um fruto de alta qualidade e valor comercial no Brasil, porém pouco aproveitado com suas demais propriedades, sendo exportado o fruto in natura e utilizado para consumo.


Entre os anos de 1953 e 1962, três colônias japonesas foram criadas pelo governo no Estado da Bahia, com o objetivo de povoar e desenvolver áreas improdutivas e praticamente abandonadas, que foram elas: Una  e Ituberá, no Sul; além do Núcleo Colonial Juscelino Kubistcheck, localizada no município de Mata de São João, abrigando 172 famílias, no total. Estas colônias mantiveram convênio com o Instituto Nacional de Imigração e Colonização –INIC, órgão responsável pela divisão de terras e empréstimo dos chamados “ lotes de terras” às famílias. O contrato firmado entre Brasil e Japão, exigia a permanência mínima de 3 anos no país, capacidade para trabalhar de pelo menos três membros em cada família, recurso individual de 5.000 ienes, de cinco anos de experiência anterior, em agricultura. 


Os japoneses foram transportados à Bahia em navios, com passagens financiadas pelo governo japonês. O primeiro grupo destinado à Bahia chegou ao Rio de Janeiro em agosto de 1953 a bordo no navio Amerika Maru, e depois embarcaram no navio Paconé, de Loide Brasileiro, rumo à cidade de Una, foram 38 famílias, 235 pessoas. 


Una foi a primeira cidade do nordeste a receber imigrantes japoneses, na chamada “Segunda fase migratória”. Aqui os imigrantes se dedicaram a cultura do cacau, arroz, produtos de horticulura e frutas em geral e em especial o Mangostin (Mangostana orella) trazido para cá por Susumi Kamoshida no Núcleo Colonial de Una, o serviço de escoamento da produção para o mercado fez-se em razoáveis condições, ora diretamente na época de produção que ocorrem geralmente duas vezes ao ano (Dezembro/Janeiro) e (Junho/Julho) por um grupo de produtores da comunidade da Colônia de Una.


A cidade de Una foi escolhida, pela sua localização geográfica da costa marítima, saciando a saudade japonesa do mar, pelas condições do solo e do clima, além da produção de cacau e mandioca. O chocolate para eles era um sinal de status, devido a importância econômica no mercado Europeu.  Os japoneses introduziram na Colônia de Una novas técnicas de adubação, irrigação e hibridação de sementes, inserindo novos hábitos alimentares na cultura do povo de Una.


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